terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

"Polícia para quem precisa de polícia": violência policial nas periferias



Os protestos de moradores dos bairros populares por causa de mortes causados por ações policiais tem se tornado cada vez mais comum no Espírito Santo e no Brasil, como um todo. A polícia normalmente alega que tais mortes são ocasionadas pela troca de tiros com “bandidos”. Por outro lado, a população alega que os Agentes da Segurança Pública agem de forma truculenta e irresponsável nesses bairros. 

Caso do jovem Hearles, morto pela PM, em Jardim Carapina (Serra) no final do ano passado.  
Versão da polícia: “Os militares teriam solicitado para que os amigos parassem, ordem que não foi obedecida pelos dois jovens. A PM afirmou que Hearlei e o amigo sacaram armas e atiraram contra os policiais, que revidaram os tiros.”

Versão da população: “Ele se assustou quando viu a viatura e os militares atiraram. Ele caiu da bicicleta, e ainda no chão, os PMs atiraram. Só pararam porque o pessoal que estava no culto da igreja saiu e viu a cena”, disse um primo de Hearles, que não quer ser identificado.

Esses fatos recentes de violência policial não é novidade alguma. Historicamente os bairros periféricos são tratados como “caso de polícia” em vez de serem alvos de políticas públicas nas áreas de saúde, educação e emprego. No entanto, esses protestos revelam que a população tem tomado consciência de seus direitos e lutando por eles. A instituição PM requer uma reforma urgente. 

Matéria sobre o caso de Jardim Carapina: http://migre.me/hWW61
Outros casos pelo Brasil e ES:
http://migre.me/hWWtE
http://migre.me/hWWqF
http://migre.me/hWWmV

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